sexta-feira, 17 de abril de 2009

O padrão como conceito operacional da verdade

A existência no mundo implica que o ser humano é obrigado a: 1) seguir padrões existentes; 2) melhorar os padrões existentes; 3) romper com os padrões existentes, colocando outros no seu lugar. E isso tendo em vista ser "verdadeiro".

Na religião, os padrões de "verdade" são implementados por meio de dogmas e rituais. Na filosofia, por meio de máximas que resultam da reflexão. Na ciência positiva, por meio de leis objetivas representadas por modelos matemáticos. Na tecnologia, os padrões estão embutidos nos bens e serviços e devem transformar-se nos resultados buscados pelos usuários finais. No mundo dos negócios os padrões, tácitos ou explícitos, expressam-se no consenso entre as partes em negociação.

Na política, pressupõe-se que os conservadores tenham bons padrões a serem conservados. Eles não querem mudanças, a não ser que sejam muito lentas e que não tragam muito desconforto aos que estão satisfeitos com a situação vigente. Os liberais humanistas desejam melhorias progressivas, com manutenção e mudanças programadas racionalmente. Já os revolucionaríos querem o novo, correndo todos os riscos inerentes à inovação.

Assim, o padrão pode representar: 1) a verdade revelada e/ou descoberta, porém confirmada pela experiência diária; 2) a "verdade" operacional, decorrente de testes empíricos objetivamente conduzidos; 3)a "verdade" obtida por consenso decorrente do diálogo democrático; 4) a "verdade" presumida em hábitos herdados da tradição e preservadas pela cultura, com maior ou menor participação de autoridades formais.

Em todos os casos, os padrões são conceitos operacionais da "verdade".

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