domingo, 5 de abril de 2009

Estimulados pela crise

Na década de 1980, o Prof. Noriaki Kano, da Universidade de Negócios de Tóquio, fez uma pesquisa sobre os motivos que levaram as empresas japonesas a fazer mudanças de trajetória.

Conclusão da pesquisa: 30% das empresas mudaram porque decidiram construir um futuro melhor, independente de sua situação atual. 70% mudaram porque estavam em crise, tendo de optar por morrer sem fazer nada ou tentar tudo para sobreviver.

No livro de Peter Senge, A Quinta Disciplina, conta-se que foi feito um experimento com sapos de uma lagoa. No primeiro caso, tomou-se o sapo com a água da lagoa e aqueceu-se continuamente. O sapo morreu sem regir. No segundo caso, o sapo foi jogado na água já quente, o que o fez pular e se salvar.

Algumas pessoas esperam a crise acontecer para reagir. Outras conseguem planejar um futuro ainda melhor quando já estão bem. Outras, ainda, fazem simulações de cenários e preparam-se para todas as possibilidades, boas ou ruins. Por outro lado, algumas pessoas aceitam a situação precária reinante e, como o sapo citado, deixam-se vencer sem tentar mudanças.

É preciso, pois, refletir sobre a trajetória da existência para que as mudanças não sejam simplesmente impostas pelas crises, mas decididas racionalmente e antecipadamente, se possível.

Na atualidade é preciso refletir, por exemplo, sobre as consequências: do aquecimento global, do consumo perdulário, dos resíduos poluentes e, sobretudo, da perda de referenciais para a vida saudável.

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