terça-feira, 28 de abril de 2009

Lei, razão, fé e amor: uma síntese

A civilização impõe que o ser humano egoísta seja submetido ao império da lei. A lei natural, que se impõe por si mesma, precisa ser descoberta e explicitada pela ciência. Esta, por sua vez, depende de que se combinem lógica e intuição, razão e sensibilidade, além de fé na existência daquilo que se busca.

Contudo, a felicidade plena, o maior bem que o ser humano realmente busca, só pode ser encontrada no amor, embora isso pareça mera utopia. No plano das relações humanas, enquanto não prevalecer o amor, é preciso enfatizar a lei que decorra do consenso dos agentes sociais em interação. A História demonstra que, quando o consenso não decorre do diálogo exaustivo, a lei é imposta pela parte que vence o conflito pela violência.

Com o tempo aprende-se que a convivência pacífica de múltiplas visões de mundo, desde que não-excludentes, exige que se usem termos com significados universalmente aceitos. A fé poderia ser substituída pela confiança que, segundo afirmam alguns economistas, seria uma premissa até mesmo e, talvez, principalmente, do sistema capitalista. A razão é um termo que pode ser mantido, mas necessita-se reconhecer as suas limitações.

O amor tem a sua base mínima no respeito, na solidariedade e na amizade. Quando, ocasionalmente, ele prevalece, o paraíso se instala entre os seres humanos.

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