A democracia que gera os melhores resultados deve ter como pano de fundo a arte de lidar com a dinâmica do conhecimento.
Essa dinâmica pressupõe, por sua vez, que a busca do conhecimento dever ser orientada por principios universalmente compartilháveis.
Na democracia todos têm o direito de dar ideias, mas é preciso filtrar essas ideias em função do seu potencial de alcançcar os resultados desejados e, mediante negociação, obter o apoio necessário para implementá-las.
Quanto aos problemas do dia-a-dia, as pessoas mais simples e, eventualmente, sem instrução formal, podem ser a fonte mais confiável de ideias com potencial de obtenção de resultados.
À medida que aumenta a complexidade dos problemas, exige-se dedicação de pessoas vocacionadas para a ciência e, assim, desaparece a possbilidade de que todos possam dar os seus palpites quanto às relações de causa-e-efeito operantes.
Contudo, conforme alertou Péricles na Antiga Grécia, embora nem todos possam criar políticas viáveis, todos estão em condições de julgar os seus resultados.
Assim, a democracia pressupõe, entre outros fatores: 1) ouvir a todos, mas não implementar todas as ideias; 2) educar o povo para que todos saibam a diferença entre opinião, crença e saber; 3) criar condições para o permanente exercício crítico da dinâmica do conhecimento em todas as atividades.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
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