sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Os quatro pilares da sabedoria de Deming

Willian Edwards Deming (1900-1993) é o homem que introduziu o conceito de Gestão pela Qualidade no Japão em 1950. Naquela época ele ressaltou: 1) o uso da estatítstica no controle econômico da qualidade; 2) a necessidade de visão sistêmica; 3) o fato de que a qualidade não se refere a produto, mas a pessoas. Ele foi conhecido como um Cristão cujos ensinamentos e prática de vida estavam de acordo com sua fé, embora não costumasse referir-se a ela no meio profissional.

Um pouco antes de morrer, Deming fez um balanço de sua aprendizagem e ensinamentos e concluiu que eles derivavam da aplicação integrada de quatro pilares fundamentais: visão sistêmica, pensamento estatístico, psicologia e teoria do conhecimento. Na sua opinião, não é necessário que se domine cada um desses pilares como especialista - isso pode ser até contraprodutivo -, mas que se esteja atento ao conjunto, fazendo questionamentos fundados nesses pilares.

A visão sistêmica nos ensina que o todo é um conjunto de partes integradas. Cada parte tem o seu valor único e, por menos relevante que pareça ser, pode destruir o sistema se não estiver no seu lugar, em perfeitas condições de funcionamento. O homem, sendo o elemento central dos sistemas produtivos, precisa ser compreendido em suas necessidades e desejos, o que implica estudar pisicologia individual e do grupo. O pensamento estatistico afinado é necessário para avaliar o desempenho do sistema e de suas partes, mas é preciso tomar cuidado para não pensar em resultados sem a visão sistêmica e, principalmente, sem compreender o homem. Esses três pilares dependem, por sua vez, de uma teoria do conhecimento apropriada.

Nos últimos quinze anos, após ter tomado conhecimento desses pilares, procurei integrá-los como elementos inerentes à Dinâmica do Conhecimento Produtivo. Com isso, todo trabalhador deve ser visto como um estrategista na arte de lidar com conhecimento produtivo a partir da sua área de atuação. O seu método básico passa a ser o mesmo dos cientistas, engenheiros e gerentes. Assim, tem-se uma nova base para a formação do trabalhador da Era do Conhecimento, adequado às necessidades de uma Nova Economia (veja-se o livro de Deming "A Nova Economia").

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