segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Como se sentem palestinos e israelenses?

O outro sente-se como que em estado congelado (portadores do Mal de Parkinson). Sente-se como preso ao vidro de uma janela sem poder mover-se (depoimento de um ente querido). A mulher sente-se como se estivesse com sua pele nua no sofá coberto de areia (explicação de Virgínia Satir ao marido de uma mulher afetada pelo seu comportamento desleixado). O santo hindu descreveu que se sentia abarcando todo o universo, em estado de gozo indizível.

Não sabemos o que o outro está sentindo. Por isso devemos deixar margem para que ele se manifeste. Porém, ouvir é a ferramenta humana mais fácil de ser mal compreendida. Na maioria das vezes sequer damos ao outro a oportunidade de falar, pois preferimos falar do que ouvir. Não temos a formação do psicanalista para ouvir e compreender de forma apropriada. Contudo, sendo as relações humanas nossa principal ocupação no dia-a-dia, deveríamos todos receber algum treinamento para compreender a nós mesmos e ao outro.

Nosso egoísmo pode até nos dizer que já temos problemas demais. Que, em verdade, nem mesmo sabemos lidar com nossos próprios sentimentos, quanto mais compreender o sentimento alheio? Mas, como seres sensíveis e falíveis, devemos ficar alertas sobre o que o nosso semelhante pode estar sentindo.

Coloquemo-nos, pois, no lugar do outro antes de julgá-lo. Façamos um esforço especial para compreender os sentimentos dos palestinos e dos israelenses. Ouçamos os dois lados e estudemos a sua história para que possamos emitir nossas opiniões sobre eles com algum fundamento.

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