Se vivermos de acordo com os nossos instintos apenas, viveremos em permanente estado de guerra. Nosso organismo reage automaticamente para satisfazer-se sem nenhum critério de moralidade, a menos que estejamos atentos para usar nossa razão. Como disse Freud, "a razão é uma fraca luz que insiste em iluminar a verdade". Entretanto, para usá-la precisamos de muito treinamento.
Uma vez que tenhamos conhecido momentos de paz -e isso ocorre naturalmente- podemos tomar a decisão de viver em paz. Para tal é preciso levar o interesse do outro em consideração, às vezes contra o nosso próprio interesse. Se formos capaz de perceber isso não haverá disputa alguma no encontro humano, e cada um poderá ajudar o outro a melhorar, sobretudo quando destaca os próprios defeitos ao invés de focar os defeitos do outro.
Assim, se a razão fizer da inteligência sua escreva, e não o contrário, sempre encontraremos uma solução que seja do interesse comum entre as partes. Para tal devemos compreender que a verdadeira arte da guerra não consiste em fazer guerra, mas procurar a paz.
Eventualmente isso exige estar tão bem preparado para a guerra real que o oponente nem mesmo pensará na possibilidade de guerrear conosco. Porém, a mais alta dignidade está em, sendo forte, abdicar-nos do uso da força para demonstrar nosso interesse pela paz.
domingo, 11 de janeiro de 2009
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