quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O oprimido raivoso e violento não tem futuro

O oprimido, se raivoso e violento, só tem a perder em todos os níveis. Quando sua situação é analisada racionalmente, sempre se conclui que sua miséria é como uma profecia que se auto-realiza. Ajudá-lo sem que ele se converta ao bom senso pode significar lançar pérolas aos porcos.

Conheci um caso em que uma pessoa acolheu um oprimido raivoso e violento que era como uma cobra venenosa tremendo de frio e fome. Ela colocou-o carinhosamente junto ao próprio peito, dando-lhe o calor humano de que precisava. Mas, assim que o indívíduo-cobra se recuperou, picou impiedosamente o seu antigo protetor.

A estratégia vitoriosa do oprimido só se manifesta a longo prazo. O exemplo típico foi a vitória do Cristianismo contra o poderoso Império Romano. Nietzsche, apesar de desprezar a espiritualidade do homem verdadeiramente Cristão, reconheceu que ela é a força capaz de vencer todas as barreiras a longo prazo. Neste caso, argumenta-se que, apesar de ter vencido nos primeiros séculos, o Cristianismo tornou-se vítima do próprio sucesso, precisando agora recriar-se.

Mas há casos em que o oprimido pode tornar-se consciente de que tem força extraordinária escondida sob o véu da vergonha. Na China, além do ópio que o opressor usava para enfraquecer o poder de resistência do povo, havia estabelecimentos comerciais com placas com os seguintes dizeres: Entrada Proibida para Cães e Chineses. A China oprimida mobilzou corações e mentes, recuperou sua dignidade e já desponta como a terceira potência econômica do Planeta.








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