quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O problema central da verdade

O problema central da verdade, conforme ressalta Bazarian (BAZARIAN, Jacob. O Problema da Verdade.) é encontrar um critério de verdade que seja verdadeiro. Esse problema coloca a todos, crentes e ateus, filósofos, cientistas, engenheiros, gerentes e empresários numa rotatória com muitas alternativas de saída, mas sem garantia de que as saídas levarão ao destino final desejado.

Popper, o racionalista crítico antimarxista, afirma que não existem critérios absolutos de verdade, nem a possibilidade de certeza sobre a possível verdade encontrada. Na sua opinião, em quaisquer situações, mesmo nas ciências naturais, só podemos contar com conjeturas. O conhecimento que pareça mais sólido é apenas conjetural, podendo ser criticado e reformado ou, no mínimo, deixado em aberto para críticas em momentos oportunos.

Einstein afirmou (EINSTEIN, Albert. Notas Autobiográficas) que o salto para a verdade não decorre de experimentos, nem da lógica, embora experimento e lógica sejam parte da investigação científica. Ele afirma que, para avançar, é preciso ter fé, embora não em sentido religioso.

Creio que até mesmo na religião é essa rotatória que está em jogo. Neste caso, só se pode sair dela pela fé. Porém, essa fé só faz sentido se houver a experiência com o divino que se busca e que se manifesta no amor.

Concluindo: o problema central da verdade coloca-se ao ser humano no ato de viver. Ele é obrigado a vivenciar e experimentar, mas os resultados obtidos, embora possam ser úteis, nem sempre são verdadeiros. Cada passo dado em situações novas é um passo de fé na existência daquilo que se procura. A aproximação da verdade depende da eliminação de erros no curso das vivências e experiências.

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