quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Conhecimento e ignorância

Na sua acepção mais simples, conhecimento significa "ato ou efeito de conhecer", o que leva em conta o aspecto pragmático de acionar meios para se atingirem resultados. Ele se dá no processo, continuamente gerando resultados e capacidade de consegui-los, individualmente ou em equipe.

As organizações humanas racionalmente conduzidas são organizações do conhecimento. Elas buscam ideias resultantes de conhecimentos gerados dentro ou fora de si, e recriam o tempo todo conhecimentos que se transferem para os seus bens e serviços gerando, em última análise, o sentimento de satisfação das pessoas que têm influência na sua existência.

Diz-se, ainda, que o conhecimento pode ser tácito, explícito e que precisa ser socializado. O ato de conhecer exige um processo dinâmico que tem um roteiro geral simples. Esse roteiro, desdobrado, pode ser representado com diferentes graus de detalhamento. Maior a ignorância do agente, maior a necessidade de detalhamento. Os grandes cientistas, como Esinstein, representaram os seus métodos de forma simples.

O sistema de produção de bens e serviços, como representação do roteiro do conhecimento produtivo, pode ser muito complexo. Contudo, esse roteiro complexo precisa ser sistematizado na forma de algorítmos embutidos em softwares que possibilitem a sua operação da forma mais simples possível. A produtividade é conseguida quando se combinam a automação com a possiblidade de intervenção crítico-criativa humana.

Nesta refexão é importante ressaltar que, por mais que conheçamos, o conhecimento possível é finito. Já a ignorância é infinita, o que dá ao ser humano a possibilidade de usar o seu tempo sem tédio, embora ele possa sentir-se muito ansioso se não controlar o seu desejo de conhecer, produzir e consumir. O movimento para conhecer nasce da necessidade de resolver problemas, práticos e/ou teóricos, e é exatamente o fosso entre o que se conhece e o que se ignora que gera a tensão criativa de soluções.

A tensão maior ocorre entre o conhecimento e/ou ignorância no que se refere à origem e destino do próprio ser humano.

PS: Esta reflexão é uma tentativa de síntese entre as visões de Sócrates, Karl Popper, Einstein e a forma prática de se gerar conhecimento nas organizações humanas produtivas de bens e serviços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário