domingo, 30 de agosto de 2009

Deus é a solução

Se existe o mal e o bem, sob a perspectiva humana, é preciso que o homem que queira realizar-se pense além de suas condições de existência na Terra. A meta suprema do homem só pode ser encontrada no limite entre a imanência e a transcendência. Isto é, dentro de si e, ao mesmo tempo, fora de si.

Dentro de si, pois a realidade que ele pode almejar tem de ser vivenciável diretamente. Fora de si, pois essa realidade última, embora o permeie, está por toda parte; portanto, não é propriedade sua. Não se trata apenas de se acreditar ou não em Deus, mas de viver com base em princípios que produzam vida em abundância para todos.

Como a Bíblia afirmou, o crente não tem necessariamente Deus, pois o diabo também crê. Tampouco o ateu nominal está necessariamente vazio de Deus, pois Ele não é um objeto que se possa possuir ou deixar de possuir. Sendo espírito, e estando em toda parte, está também no ateu que faça a Sua vontade na prática, embora O negue em teoria.

Deus é a solução efetiva, prática, e não teórica. O homem que O encontra, encontra a si mesmo. Tal homem, seja nominalmente crente ou ateu, pode viver de acordo com a Sua vontade. Falo do Deus verdadeiro, passível de conhecimento intuitivo pela fé, e não do Deus sistematizado pela mente humana. Ele pode ser encontrado até mesmo nas religiões, embora estas possam ser estatutárias e burocráticas.

O mal, sob essa perspectiva, consiste em se adotar um estilo de vida completamente egoísta, usando o outro como objeto, e isolando-se do Deus da vida compartilhada. Ao egoísta falta a fé geradora do amor que, por sua vez, é gerador do desejo de servir. Assim, o verdadeiro ateu é somente aquele que vive apenas para si mesmo. Quem serve ao próximo com amor está, por definição, também com Deus.

Deus, pois, é a solução final, por uma questão de princípio. Ele não está acessível como um objeto a ser pesquisado ou comprado. Os que têm acesso a Ele são: 1) os que amam ao próximo como a si mesmos; 2) os que amam a verdade e a buscam persistentemente; 3) os sofredores que, diante do desespero, pedem por socorro e entregam suas vidas a Ele.

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