segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O absoluto e o relativo

O homem, sendo finito e falível por natureza, não tem como fazer afirmações válidas sobre o absoluto por meios intelectuais. Ele só pode chegar à ideia do absoluto por opinião irresponsável, por crença irrefletida ou, usando o intelecto, por inferência. Entretanto, pelo mergulho no seu próprio ser, alguns místicos alegaram ter tido a experiência indescritível com o Absoluto.

A vida do homem dá-se no mundo relativo, onde se percebe, às vezes com dor, que "tudo que é sólido se desmancha no ar". Não há Império que tenha durado para sempre, nem realizações que não tenham sido superadas ao longo do tempo. Tudo que é vivo morre, e mesmo a matéria está em constante mutação na sua forma. Portanto, não há como duvidar da relatividade das condições de existência.

Contudo, a vida que se desenvolve no mundo relativo exige, para a maioria das pessoas, referenciais absolutos. Entre as ideias que os homens transformam em ideais absolutos a serem realizados estão, por exemplo, as de justiça, beleza, verdade e bondade. Para a maioria das pessoas todas as buscas em direção ao absoluto se consolidam na ideia de Deus, que Platão chamou de o Supremo Bem.

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