quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A conquista da liberdade

"Liberdade, essa palavra
Que o sonho humano alimenta
Que não há ninguém que explique
E ninguém que não entenda"
Cecília Meireles

Liberdade. Há quem diga que isso não existe. Há quem diga que esse é o sonho pelo qual vale a pena morrer.

Na religião encontra-se a liberdade na submissão a Deus, tornando-se o desejo o "pecado que espreita à porta", mas que pode ser dominado pelo indivíduo. Particularmente no Cristianismo, segundo o Apóstolo Paulo, "tudo é permitido, mas nem tudo convém".

Na filosofia - que assume que a ciência e a tecnologia são instrumentos úteis - o pressuposto é que a liberdade só se encontra no conhecimento da verdade quando, pela manipulação das relações de causa-e-efeito, o homem pode escolher fazer o que é certo.

Na política a liberdade é definida em função da idelogia dominante. Para os liberais, está na possibilidade de o indivíduo realizar os seus potenciais com igualdade de oportundades. Para os comunistas a liberdade não é uma questão individual, mas coletiva.

Em todos os casos a liberdade depende de conhecimento. Mas este, por sua vez, conforme defendeu Karl Popper, é sempre conjetural. Sob essa perspectiva, a liberdade se conquista aos poucos, na luta contra a ignorância que só pode ser alimentada pela fé nas possibilidades: do humano, do divino ou de ambos.

A liberdade é, pois, um sonho que os otimistas julgam poder concretizar e que os pessimistas julgam que jamais poderá ser realizado. Sua conquista, ou perda, só pode dar-se na consciência do homem.

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