segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Compreendendo textos: sua função didática 3/3

Estou muito interessado na função didática do texto. Se ele visa a ensinar o outro a pensar com autonomia deve, em primeiro lugar, tratar de conhecimentos certos ou tidos como certos. A exposição direta, neste caso, pode ser útil quando a verdade é tal que precisa ser decorada, isto é, guardada no coração. Este é o modelo japonês de ensino/aprendizagem.

Entretanto, mesmo a fixação de algo considerado verdadeiro exige a mobilização da emoção. Assim, a "verdade" pode ser apresentada de tal maneira que o interlocutor sente como se ele a tivesse demonstrado ou descoberto. Este foi o método usado por Sócrates para convencer um escravo de que ele era capaz de demonstrar o teorema de Pitágoras.

Logo após o início da corrida espacial, os americanos concluíram que deveriam revolucionar o ensino da física. Para tal, elaboraram livros didáticos que apresentavam os temas de forma que o aluno era conduzido a tirar as mesmas conclusões dos cientistas, chegando a suas fórmulas sem precisar decorá-las. Isso funcionava melhor, obviamente, com a assistência do professor em sala de aula.

O texto didático deve, sempre que possível, ser ilustrado por diagramas, pois a comunicação gráfica é muito mais eficiente do que a fala e a escrita. Assim, o texto pode ser um instrumento indispensável na formação do autodidata. Contudo, já é possível combinar vários recursos multimídia de forma a combinar: o discurso, o texto e a representação gráfica da "verdade" que merece ser conhecida a fundo.

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