segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Consumo: o futuro de uma ilusão

A liberdade de consumir tornou-se a razão de viver de muitas pessoas. Entretanto, conforme demonstram estatísticas de fontes confiáveis, essa liberdade, sem consciência, é uma cilada fatal para a Humanidade. Para que o mundo todo se nivele ao nível de consumo dos Estados Unidos da América seriam necessários cerca de três planetas Terra.

Tão logo descubra que não pode concentrar sua existência no consumo, o que fará o homem? Esse futuro precisará ser enfrentado necessariamente, mas a preparação para ele tem que começar imediatamente, no interior de cada homem.

A ilusão deve ser combatida pelo conhecimento da realidade. Em primeiro lugar, essa realidade se manifesta como sendo o mundo material prontamete acessível aos cinco sentidos. Nesse nível existencial o consumo indiscriminado se justifica plenamente. Mas o homem reflexivo pode perceber que o mundo sensível material é apenas aparência. Não provou Eisntein que a matéria é energia condensada?

No início de sua busca pelo autoconhecimento, o homem descobre a sua essência espiritual, mas ainda como mera extensão do mundo material. Aprofundando-se mais e mais nessa busca, ele infere ou, segundo alguns, é apresentado à transcendência. Neste momento cai-lhe o véu da ilusão, e ele percebe que não é apenas um consumidor de matéria e energia, mas um ser que pode optar por valores que levam à vida ou à morte.

O futuro da ilusão do consumo tem, pois, dois momentos fundamentais: 1) a destruição da ilusão pela exaustão dos recursos consumíveis, com muita dor; 2) a descoberta de um novo mundo de alegria, feita de coisas mais leves e suaves do que a materia bruta. Isso já foi antecipado por grandes homens, entre os quais aquele que inspirou o Cristianismo.

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