terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aprender a sentir

Se podemos aprender a pensar, é preciso aprender a sentir, pois da interação entre o sentir e o pensar é que nasce a ideia do mundo a ser confirmada ou negada pela prática. Essa prática pode ser tanto uma vivência involuntária, ditada pelas condições inerentes à situação, ou experimento planejado.

A vida, conforme acredito, só se justifica pelo sentimento, pois até mesmo o pensamento mais puro contém em si sentimento. Ou não seríamos humanos. Mas ela não pode submeter-se a todo tipo de sentimento de forma passiva. Se considerarmos que a essência mais profunda do ser humano é como o oceano, os sentimentos que se manifestam na sua superfície são como tempestades e ondas. As descargas de sentimentos abalam a superfície e aqueles que nela vivem, mas não as profundezas do oceano.

Entretanto, há movimentos profundos que vêm de vulcões submersos. Eles são os mais difíceis de controlar, mesmo que, algumas vezes, nem cheguem à superfície. Sendo inevitáveis, não há como fugir deles, mas é preciso aprender a conviver com eles. Mesmo nessas situações extremas, para não desanimarmos, vale lembrar a sabedoria popular que diz: - não há mal que sempre dure, nem bem que nunca termine.

Sem aprender a sentir, ou a controlar o que sentimos, não podemos ter dignidade.

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