sábado, 3 de abril de 2010

Palavras, imagens e sons

De certa forma, somos reféns de palavras, de imagens e de sons. Talvez isso seja melhor do que sermos reféns da força bruta, mas precisamos tomar cuidado. Esses ingredientes falam diretamente ao inconsciente, e podem acionar sentimentos e ações muito antes que o senso crítico entre em ação.

Os que dizem estar do lado do bem - e quem não diz? - assim como os que representam o mal - quem assume?-, agindo prioritariamente em benefício próprio, tentam ganhar nossos corações e mentes. Suas armas são palavras e imagens com fundo musical programado sob medida. Ambos se apresentam como campeões da lógica, mas agem sabendo que somos mobilizados mais pela emoção.

Hitler explicou, no seu livro Minha Luta, como fazia para influenciar corações e mentes. Ele usava palavras - principalmente via discursos ao vivo -, imagens e sons, sob condições pouco favoráveis à análise crítica. Quanto às pessoas que tinham crenças fortes e contrárias às suas, ou que ousavam pensar, ele preferia eliminá-las fisicamente.

Os marketeiros sabem como funciona o cérebro. Suas técnicas colocam em ação as grandes descobertas a esse respeito, venham elas da guerra ou da psicologia científica. Como ovelhas pastoreadas por lobos famintos, resta-nos tomar conhecimento de como tentam nos manipular. Principalmente nas eleições que se avizinham.

Quanto àqueles que querem os nossos corações e mentes, não prestemos atenção no que eles dizem. Analisemos meticulosamente o seu passado. Devemos deixar claro que conhecemos suas técnicas.

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