quinta-feira, 1 de abril de 2010

Garantia de qualidade na aprendizagem

A ciência da qualidade nos ensina a trabalhar. Ela pressupõe que tenhamos uma meta, que pesquisemos os meios existentes para atingi-la, e que experimentemos esses meios. Se não há tecnologia corrente para atingir a meta desejada, ela nos incita a pensar até encontrar as ideias inovadoras que valha a pena testar. Essas ideias podem nos ocorrer da forma mais estranha, inclusive em sonhos ou por analogia com fenômenos naturais.

O importante é que saibamos exatamente o que queremos e que insistamos até certo ponto, quando, em função do nosso tempo ou recursos disponíveis, decidamos que nossa meta não é adequada e desistamos dela. Isso funciona para qualquer coisa, desde o desenvolvimento de um produto até o desenvolvimento de um negócio completo. Funciona, também, para o processo ensino-aprendizagem. Mas parece que o sistema de ensino ainda não aprendeu a arte de ensinar. Nem aprendeu como os alunos aprendem. Assim, deixa de aplicar métodos já provados efetivos na ciência, na produção e nos negócios, pois também não acredita em analogias.

O sistema educacional poderia passar por uma verdadeira revolução na aprendizagem e no ensino se pensasse estrategicamente. E isso implica avaliar o tempo todo quais são as metas a serem atingidas com o processo educacional, quais são os meios que já se mostraram efetivos universalmente, e em que situações os meios deveriam ser contextualizados para atender a necessidades específicas. Mas é preciso deixar para trás a mania de dar provas cuja função é punir os que não aprenderam, e partir para usar a prova como um meio de idenfificar quem já aprendeu, quem precisa de mais apoio ou quem está defasado em termos de capacidade de aprendizagem para sua idade.

Assim, os temas a serem ensinados deveriam ser muito bem selecionados, diminuindo considervelmente o excesso de matérias. Cada tema, em função de sua importância, deveria ser abordado até que todos os alunos capazes possam compreendê-lo. Aqueles que aprendem mais rápido devem ajudar os colegas com dificuldades, até que toda a classe tenha o domínio suficiente do tema. Mas isso implica, como já foi dito, priorizar os temas.

Os gerentes e líderes do sistema educacional precisam estudar a ciência da qualidade.

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