quinta-feira, 8 de abril de 2010

O professor perfeito

Na minha opinião, o professor perfeito pode ser encontrado entre os que ensinam as primeiras letras, gerando no aluno o prazer de aprender, e entre os que têm foco no ensino da arte de aprender, preparando autodidatas.

Dona Iêda foi minha professora perfeita. Ela me ensinou a ler, a escrever e a fazer as quatro operações quando eu já tinha cerca de 10 anos. Desde então, cresci com o apoio de bons professores, mas, sobretudo, como aprendiz autônomo.

Conheci um professor, na UFMG, que conseguiu ensinar-me sem sua presença. Suas apostilas de matemática eram tão boas que consegui aprender sozinho uma matéria na qual os melhores alunos se davam mal, mesmo tendo aulas presenciais com outros professores.

Julgo ter atingido o nível mais alto quando um professor, sem formalismos, ensinou-me metodologia de pesquisa. Ele não estava preocupado com a capacidade de respostas do aluno a questões de prova, mas em transfomá-lo em pesquisador num sentido bem prático.

Contudo, o professor que mais me impressionou mobilizou alunos para aprender, por conta própria, um assunto que o próprio professor não dominava. Seu papel consistiu em repassar para o aluno o método que havia sintetizado a partir dos seus professores perfeitos e de sua própria experiência como praticante e pesquisador do processo de ensino-aprendizagem. Deu muito certo.

Acredito que seja possível revolucionar o ensino-aprendizagem no Brasil. Basta preparar professores que saibam fazer com que o aluno aprenda, de preferência fora da sala de aula. Assim, o professor poderá dedicar mais tempo àqueles alunos que têm motivos especiais para depender do seu apoio presencial.

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