Quando o homem toma consciência de si mesmo, percebe logo a fragilidade de sua existência material. Compreende que, por necessidade biológica, seu organismo luta apenas pela sobrevivência, ignorando o sentido da vida. Nesse nível animal inferior de existência prevalece o pragmatismo visando a resultados imediatos.
Entretanto, ao tornar-se consciente de sua miséria, o homem pode perceber a grandeza escondida no seu interior. Nessa tomada de consciência evidencia-se a luta entre o eu - ego - e o Eu - o Espírito. A luta é grandiosa, deixa um campo devastado diante de si, mas o Eu será o vencedor da guerra, embora possa, aparentemente, perder algumas batalhas.
Quando o Eu se impõe ao eu, finalmente tem-se um sentimento de profunda paz. Nos momentos em que usufrui dessa paz, o ser percebe que não há diferença entre um torrão de barro e uma barra de ouro de várias toneladas. O dinheiro passa a ser apenas um objeto facilitador das transações necessárias ao bem-estar material. O verdadeiro poder passa a ser visto como o poder de servir ao próximo.
Pode-se, nesse estado, perceber a igualdade fundamental entre todos os seres humanos, sem necessidade de ideologia. A tarefa da transformação passa a ser criar um ambiente apropriado a que outras pessoas acordem para essa realidade. O trabalho individual e coletivo para a limpeza e a ordenação física e social cria condições para o diálogo que estimula a busca da limpeza interior.
O objetivo final é adquirir uma consciência limpa e ordenada, o maior tesouro que o homem sadio pode desejar.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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