segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os graus do conhecimento 2

Existem, segundo se pode deduzir dos escritos dos sábios, três graus de conhecimento: o vulgar, o científico e o filosófico.

No conhecimento vulgar o ser humano é obrigado a agir com o seu melhor bom senso. Ele pode ser bem-sucedido quanto à sobrevivência, inclusive quanto ao desenvolvimento moral e espiritual, mas está longe de conhecer as relações de causa e efeito em profundidade.

No conhecimento científico, o ser humano pode atingir as alturas quanto às explicações dos fenômenos naturais. Einstein, o homem exemplar nesse campo, demonstrou, por exemplo, que a energia é matéria expandida, e que a matéria é energia condensada. Por meio de suas teorias foi possível confirmar previsões impensáveis para o homem que detém apenas o conhecimento vulgar ou o conhecimento científico tradicional.

No conhecimento filosófico, o homem vai além do conhecimento vulgar e questiona o próprio conhecimento científico, abrindo-se para os mistérios que estão além de qualquer explicação. O próprio Einstein afirmou que a verdade mais profunda não pode ser alcançada pelo cientista que não se abre, pela fé, à intuição. No limite, o sacerdote deveria ser um cientista e professor.

O homem que detém o conhecimento vulgar pode encontrar a paz pela aceitação de sua ignorância. O homem que detém o conhecimento científico pode encontrar o desespero por não aceitar sua ignorância. Mas só o verdadeiro filósofo, indo além dos conhecimentos vulgar e científico, pode encontrar a paz por aceitar "cientificamente" os mistérios insondáveis do Universo.

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