Entendo que o termo crença tem um sentido fraco. Até mesmo em sentido religioso. Tiago, o da Bíbia, afirmou que não há mérito em crer em Deus, pois o diabo também crê.
Já o termo fé tem um sentido forte. Até mesmo sob a perspectiva não-religiosa. Einstein, por exemplo, afirmou que suas pesquisas científíficas eram movidas pela fé.
A fé, sob a perspectiva secular, assim como sob a perspectiva religiosa, trata da certeza da existência daquilo que não se vê. Ninguém vê o oxigênio, por exemplo, mas a certeza de sua existência está no próprio organismo que dele tira a vida.
O cientista procura aquilo que não vê. Ele tem fé e, por isso, busca. O religioso acredita naquilo que não vê. Ele tem fé, e por isso busca.
A fé, em seu sentido genérico, está embutida em tudo que cresce e se desenvolve. Vai do mundo mineral, passa pelo mundo vegetal e chega ao mundo animal com mais vitalidade ainda.
No homem, a fé pode tornar-se consciente. Ela o impulsiona a buscar algo que nele existe em potencial, mas que precisa tornar-se atual pelo movimento existencial.
No homem consciente a fé leva à autorrealização. Ele deve tornar-se aquilo para o qual nasceu. Mas, eventualmente, ele se perde por falta de usar sua capacidade de raciocínio, ou por falta da ajuda mínima necessária.
Daí que a fé não pode ser meramente intuitiva, como nos animais. No homem ela deve ser dirigida pela razão espiritual.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
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