quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ansiedade de informação

Fatos e dados organizados geram informação que, por sua vez, alimenta a dinâmica do conhecimento. Entretanto, tomamos informação por conhecimento, desejando mais e mais quanto mais temos, sem saber lidar com ela.

Pela televisão, internet, materiais impressos e conversas, mergulhamos no oceano da informação sem saber nadar nele. Os alunos fazem provas que exigem cada vez mais memória, mas raramente aprendem a arte de lidar com a informação, e como transformá-la em conhecimento produtivo.

De fato, pouco se aprende a pensar e a pesquisar, embora o progresso na carreira, atualmente, dependa da capacidade de pensar e pesquisar por conta própria para se encontrar a agulha escondida no palheiro.

Recentemente um escritor religioso destacou o fato de ter escrito mais de 120 livros para demonstrar a absoluta simplicidade da essência da mensagem de Cristo: o amor, a fé e a esperança como orientadores da vida prática. Ele fez questão de frisar que após 30 anos de insistência nessa simplicidade, pouca gente compreendeu sua mensagem.

Outra pessoa, autointiluda filósofo, ressaltou que já escreveu mais de 20 mil páginas para ensinar seus alunos a pensar. Entretanto, tem-se a impressão de que ele não foi bem-sucedido em sua empreitada.

Há, nos Estados Unidos, a mania de comprar livros pela relação custo-benefício em relação à quantidade de páginas. Algumas pessoas compram livros em função do seu volume e peso; porém, geralmente não lêem mais do que as primeiras páginas.

As melhores empresas de engenharia aprenderam a lidar com fatos, dados e informação de forma a gerar conhecimento. Geralmente seus relatórios internos são feitos em powerpoint, visando à comunicação imediata num relance de olhar. Elas constituem um bom modelo para se lidar com a informação.

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