sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobre a aquisição e usos do poder

Todo poder é baseado numa combinação de: força física, astúcia, capacidade de persuasão e conhecimento dos fatores que levam aos resultados desejados. A capacidade de pensar estrategicamente faz com que os meios disponíveis sejam usados com eficiência, e que os meios faltantes sejam buscados onde quer que estejam. Eis o que é preciso para adquirir poder.

Então, vem a questão central dos usos do poder. Ele pode ser usado para dominar ou para libertar. Na linguagem de Erich Fromm, pode-se usar o poder de forma autoritária (Hitler, por exemplo), ou humanista (Gandhi, por exemplo). O autoritário esraviza. O humanista liberta. O autoritário toma e acumula. O humanista produz e distribui. Ambos precisam dominar a dinâmica do conhecimento para adquirir poder. Porém, suas éticas são opostas.

Não se pode dar poder a qualquer um, pois ele pode ser mal usado. Mas, qualquer um pode adquirir poder, e usá-lo como queira, mediante o confronto com os interesses opostos. A questão do uso do poder é de natureza ética. E disso depende a escolha sobre o que significa o verdadeiro poder.

Acredito, sob esta perspectiva, que o o verdadeiro poder está em servir mais e melhor, para que todos tenham vida em abundância. O verdadeiro poder se manifesta na totalidade: da família, do empreendimento, do país e da Humanidade. Sua fonte primária é única e está além do bem e do mal. Porém, sob a ótica da existência no mundo relativo, o poder pode ser adquirido tanto pelo escravizador como pelo libertador.

Eis um bom teste para a ética do indivíduo: dê-lhe poder e veja como ele o usa.

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