quinta-feira, 12 de março de 2009

Os graus do conhecimento

Platão fez uma interessante distinção entre os graus do conhecimento que, mais tarde, Immanuel Kant resumiu em: opinião, crença e saber.

No dia-a-dia, ao entrar em contato com o mundo sensível, formamos sobre ele opiniões. Contudo, elas são frágeis, e podem ser mudadas facilmente à medida que as circunstâncias mudam e os resultados esperados não são alcançados.

Quanto as crenças, elas se fixam mais fortemente em nós, independente de serem verdadeiras ou não, desde que não possam ser confrontadas diariamente com a negação prática de seus resultados esperados. Pode-se conviver com falsas crenças durante séculos antes que elas sejam desmascaradas.

Já o saber, espera-se que ele possa ser suficiente tanto subjetiva quanto objetivamente. Ele é raro e depende, para avançar, de se acreditar que existe o algo que se busca.

O saber, em sua versão mais profunda, conforme afirmam os grandes místicos, só pode ser validado subjetivamente, igualando-se, para os que não o validaram, à crença. No limite ele só pode ser confirmado pelo sujeito em si mesmo.

Assim, a opinião, a crença e o saber fazem parte da vida. Mas a vida da razão só se manifesta em sua plenitude no saber que reconhece a impossibilidade da completa objetividade neste mundo.

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