terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Quando a inclusão não é social

A Visão Mundial Brasil tem um belo programa de inclusão social. Entretanto, há alguns anos fui contatato por um dos seus gerentes para opinar sobre um grande problema. Alguns dos incluídos financeiramente haviam piorado a vida de suas famílias. Preferiam gastar o dinheiro com jogos e amantes, ou até arranjar família nova. Não pude dedicar-me ao tema o suficiente para dar uma opinião válida sobre o assunto.

Recentemente tenho tido notíciais de que a bolsa família também está trazendo alguns problemas. Famílias inteiras estariam deixando de trabalhar, contentando-se com o pouco que lhes é garantido pelo governo. Assim, exterminam o próprio futuro, tornando-se dependentes perenes de ajuda. Contudo, ainda pergunto: - isso é tão mal assim? Não seria bem pior se, empreendendo, essas famílias tornassem-se ricas sem a devida educação para a sustentabilidade?

Noutro caso o incluído fez curso superior numa universidade de elite, aprendeu a ganhar dinheiro como profissional competente e tudo ia muito bem até que demonstrou sua insensibilidade. Recusou-se a cuidar da própria mãe idosa, em nome da qual recebera, de um parente, a ajuda para ser incluído socialmente. Seu argumento: - se ajudar minha mãe posso ser excluído socialmente por falta de dinheiro.

Estejamos, pois, atentos. Muitas vezes a inclusão é tudo, menos social.

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