Para efeitos
educacionais, é preciso ter uma clara visão sobre o que torna o homem grandioso
ou vil. O materialista vulgar não tem dúvida de que a grandeza do homem está na
quantidade de poder e de bens materiais que acumula. O espiritualista também
não tem dúvidas de que a grandeza do homem reside na sua capacidade de dominar
os seus desejos. Entre os dois extremos está o homem que acredita que a
grandeza está em conhecer cada vez mais, e agir de acordo com o conhecimento
adquirido.
A História apresenta exemplos importantes de pontos de vista sobre esse tema. Para os grandes ditadores, como Hitler e Stalin, a grandeza estaria na força para dominar. Para sábios como Platão, a grandeza estaria na capacidade de conhecer e de fazer justiça. Para líderes religiosos, como Jesus Cristo, a grandeza consiste em usar o poder para servir ao próximo.
A História apresenta exemplos importantes de pontos de vista sobre esse tema. Para os grandes ditadores, como Hitler e Stalin, a grandeza estaria na força para dominar. Para sábios como Platão, a grandeza estaria na capacidade de conhecer e de fazer justiça. Para líderes religiosos, como Jesus Cristo, a grandeza consiste em usar o poder para servir ao próximo.
Alexandre, o Grande,
admirou Diógenes, o filósofo que vivia na pobreza material em meio a grande
riqueza espiritual. Sartre, inteligente e ateu, afirmou que “entre o príncipe
guerreiro e o bêbado na sargeta, a única diferença é que o príncipe é mais
agitado”, não reconhecendo grandeza em homem algum. Ele recusou-se a receber o
Prêmio Nobel de Literatura para não referendar a autoridade de um grupo de pessoas
de decidir sobre quem é melhor do que quem.
São Francisco de Assis desistiu de sua riqueza para levar uma vida de
pobre entre os mais pobres. Esses exemplos nos induzem a admitir que a grandeza
ou vileza do homem depende de suas crenças fundamentais.
O sábio típico da
sabedoria vedanta afirmava que a grandeza reside no Eu verdadeiro que, abstraindo-se da
prisão dos sentidos, recolhe-se a si mesmo para viver em harmonia com o Deus
único. Entretanto, ao serem imitados por homens ignorantes, abriu-se
perspectivas para aqueles que, não tendo encontrado a si mesmos, nem a Deus,
optaram pela inatividade e, com isso, passaram a viver uma vida material
miserável sem alcançar riqueza espiritual.
Já o capitalista selvagem via grandeza em conseguir mais um dólar na
vida a cada momento. Alguns dos mais ricos deles morreram como miseráveis
espirituais, só demonstrado o seu valor, como o porco, depois de mortos.
Em Sócrates, vemos
sinais de grandeza no filósofo que, considerado o mais sábio do seu tempo, afirmava que sua única vantagem, se tivesse alguma,
era saber que nada sabia. Matsushita, o empresário-filósofo japonês, deu
exemplo de grandeza ao superar suas
deficiências de escolaridade formal, tendo se tornado empresário bem-sucedido e
exemplo de moralidade sadia. Embora tivesse direito a exigir, pelo costume, que
as pessoas se inclinassem diante de sua passagem, ele próprio se inclinava
diante das pessoas mais humildes. Sob sua liderança, trabalhadores analfabetos
foram transformados em inventores.
Sou levado a concluir
que a grandeza do homem está em servir mais quanto mais poder tenha. Em
socorrer os necessitados e levar conhecimento aos ignorantes. Em envergonhar os
arrogantes e orgulhosos e promover o crescimento das pessoas humildes. Os que
assim fizeram permaneceram na memória dos homens como modelos a serem seguidos,
enquanto os homens autocentrados foram esquecidos, ou são lembrados apenas pelo
mal que fizeram. A grandeza do homem, portanto, está em buscar o equilíbrio
entre o ser e o ter e, em última análise,
fazer realizar em si aquilo que, potencialmente já é. O potencial de vida, não
o de morte.